A história do automobilismo Para os movidos a velocidade!

Em 1894, quando o automóvel ainda era novidade, o
Petit Journal de Paris promoveu uma corrida de Paris a Ruão. Para ganhar o prêmio de 5000 francos, o vencedor deveria usar um veículo que não oferecesse perigo de vida e ferimentos, fosse de fácil manejo e não desse muita despesa. O primeiro a chegar foi o conde de Dion, num carro a vapor, que fez o percurso em 6 horas, à velocidade média de 21 quilômetros por hora. Sua vitória não parece uma grande façanha, para os padrões atuais, mas o acontecimento tem importância histórica: ele inaugurou o esporte do automobilismo.

Um ano depois, também na França, foi organizada outra competição, desta vez entre Paris e Bordéus, e com a mesma finalidade de descobrir um veículo prático e seguro: o vencedor foi um carro com motor de combustão interna, que provou sua supremacia em relação aos motores a vapor.
Os atuais carros de corrida podem ser classificados em diversas categorias, que são estabelecidas pela Federação Internacional de Automobilismo, entidade com sede um Paris.
Os carros da categoria Fórmula 1 (classe Grande Prêmio) devem ter peso minímo de 575 quilos, motor com capacidade máxima de 3000 cilindradas (sem compressor), ou 1500 cilindradas (sem compressor), ou 1500 cilindradas (com compressor), máximo de doze cilindros, tanque de gasolina para mais que 250 litros e um só lugar de pilotagem. Eles alcançam a velocidade de 300 km/h, e disputam em percursos que variam em torno de 300 quilômetros.
Na categoria Fórmula 2, os carros devem pesar pelo menos 429 quilos e ter motor de no máximo 2000 cilindradas. Os de Formula 3 devem ter peso minimo de 400 quilos, 1600 cilindradas, quatro cilindros e só um carburador. Em 1967, foi criada a categoria Fórmula 5000, para carros de 5000 cilindradas. Mesmo com motores maiores, derivados de motores normais da série, esse carros são tão rápidos quanto os de Fórmula 1, apesar de mais pesados e difíceis de controlar.
Até 1967, os carros que disputavam uma das categorias do Campeonato Mundial de Marcas podiam ter motores de qualquer capacidade. Mas os frequentes acidentes em provas automobilisticas tornaram necessárias as limitações mais rigorosas.
Desde 1950, há um Campeonato Mundial de Formula 1, que se tornou o mais importante torneio automobilísto do mundo. Ele consta de doze a catorze provas, algumas envolvendo grandes dificudades, como o circuito de Mônaco, que se desenvolve nas ruas de Monte Carlo, com vários aclives e curvas fechadas. O piloto argentino Juan Manuel Fangio foi cinco vezes campeão, entre 1951 e 1957. O brasileiro Emerson Fittipaldi venceu o torneio de 1972 e 1974.
Uma das mais importantes provas automobilísticas é chamada 24 Horas de Le Mans (França), disputada pela primeira vez em 1923 e vencida nove vezes por carros da marca Ferrari (de 1949 a 1974). As provas de 1970 e 1971 foram ganhas por carros Porsche, e as de 1972 a 1974, pelos Matra-Simca.
O rally é uma prova especial, feita em percursos difíceis. O primeiro rally de longa distância foi disputado em 1907, num percuso de 12000 quilômetros, entre Pequim e Paris.
Um tipo de competição automobilística que atrai os que se iniciam no esporte é a corrida de karts: carrinhos de potência e tamanho reduzidos que correm em pistas curtas.
No Brasil, a primeira corrida automobilísca realizou-se em 1908 no acidentado circuito de Itapecerica da Serra (São Paulo), em trê categorias, para veículos com potência de 20, 30, 45 cavalos. No mesmo ano, um grupo de esportitas fez o percurso São Paulo - Santos em dois dias, um tempo considerado excelente na época.
O primeiro autódromo brasileiro foi o circuito da Gávea, no Rio de Janeiro, inaugurado em 1923. Conhecido como "trampolim do diabo", foi interditado em 1954. A partir de então, o Autódromo de Interlagos, inaugurado em 1940 na cidade de São Paulo, passou a ser o centro do automobilismo brasileiro.


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